Num contexto em que o uso da pichação com o objetivo de denegrir um indivíduo, e/ou deteriorar um patrimônio, aliado à ausência do diálogo trazem consequências negativas, o Departamento de Psicologia (DPS) fomentou, na semana passada, um debate sobre a comunicação não violenta. O evento ocorreu nas imediações da Didática I do campus de São Cristóvão e contou com a participação de alunos e professores.
Além da discussão sobre a promoção do diálogo como a melhor maneira de solucionar conflitos, alguns espaços da instituição transformaram-se em telas para disseminação da construção de relações saudáveis. As pinturas foram autorizadas e feitas por cima de pichações, com intuito de ressignificar os atos.
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Para Julian Tejada, chefe do DPS, um dos objetivos do evento foi provocar a reflexão. “O debate tentou mostrar uma possibilidade de discutir, pensar e realizar uma comunicação entre discentes e docentes para que não utilizem meios, como a pichação, para tentar macular a imagem de alguém. A proposta é tentar aproveitar a situação para que possamos refletir e falar a respeito das coisas que estão acontecendo”, conta.
No mesmo espaço, o evento possibilitou, também, a análise da importância de se construir uma boa relação.
“É importante pensarmos quais as vias que utilizamos para criar uma aproximação entre os professores e os alunos, pois a nossa formação, a construção do departamento e de toda vida acadêmica vai passar por essa relação”, afirma a estudante do 7º período de Psicologia, Tayná Oliveira.
Memorial da Democracia
O Memorial da Democracia do campus de São Cristóvão, inaugurado em 7 de setembro de 2017, sofreu – e sofre – com atos ilícitos que perpetuam a comunicação violenta na sociedade.
Para o presidente da Comissão de Ética, Fred Amado, isso se dá porque algumas pessoas acabam confundindo e esquecendo alguns conceitos, como: a liberdade de expressão, a ética e o excesso.
Além disso, ele conta que os crimes de dano contra o patrimônio público, como as pichações, “são um grito que poderia ser dito de outra forma, visto que existem maneiras políticas de expressar opinião”.
Segundo o art. 163 do Código Penal Brasileiro, destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia prevê multa ou pena de detenção de um a seis meses.
Ascom
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